segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

James Blunt - Back to Bedlam [2005]

Esse é o disco de estréia de James Blunt. Blunt nasceu na Inglaterra, filho de um coronel do exército britânico da Air Cops. Como não poderia deixar de ser, seguiu a carreira do pai, e entrou no exército britânico, chegando ao auge de liderar um pelotão em plena Guerra do Kosovo. A missão consistia em adentrar o território inimigo, atravessar a linha de frente e devolver informações que ajudariam no planejamento dos bombardeiros.

Foi um dos primeiros militares britânicos a se instaurar na zona de guerra. Como um cara assim poderia virar uma versão 'Leoni' da música pop? É mais umas das coisas que só o amor pela música explica, pois o tal do violão o acompanhava em meio aos soldados. Daí, nasceu a canção 'No Bravery', um relato sobre a guerra.

Sobre o disco, 'Back to Bedlam' é altamente bem produzido, considero os arranjos desse cd muito bem executados, o piano que acompanha quase todas as faixas do disco é meu preferido. Sinceramente, mesmo com um hit manjado como 'You´re Beautiful', não perde a preferência entre os meus discos, sempre ouço constantemente.

Ouço porque acho bom, só isso. Amoroso e sentimental do começo ao fim, Blunt fala sobre perda, sobre despedida, sobre a superficialidade e aparência em alguns relacionamentos, culminando com um breve relato sobre Kosovo. Uma sonoridade simples que me cativa, e como já falei aqui, sou fissurado por sonoridades simples.

Blunt não é underground, não é alternativo, não foi produzido sobre o selo Cafundó dos Judas que ninguém conhece, é altamente mainstream, vende milhões e é bem conceituado principalmente na Europa. Quando a música tem qualidade, e é bem produzida, mesmo a pop, deve ser reverenciada. A ojeriza que muitos pseudo-intelectuais de merda como eu, criam, não pode se generalizar ao fato de que existem coisas boas também sendo feitas, e que nem tudo é ruim só porque é industrialmente utilizado e concebido, nem é bom porque é alternativo.

Prudência e imparcialidade também fazem parte do negócio, até na arte.


1. "High''
(James Blunt; Ricky Ross)

2. "You´re Beautiful''
(James Blunt; Sacha Skarbek; Amanda Ghost)

3. "Wisemen"
(James Blunt; Jimmy Hogarth; Sacha Skarbek)

4. "Goodbye My Lover"
(James Blunt; Sacha Skarbek)

5. "Tears and Rain" (James Blunt; Guy Chambers)

6. "Out of my Mind"
(James Blunt)

7. "So Long, Jimmy"
(James Blunt; J. Hogarth)

8. "Billy"
(James Blunt; Sacha Skarbek; Amanda Ghost)

9. ''Try"
(James Blunt; Sacha Skarbe)

10. "No Bravery"
(James Blunt; Sacha Skarbek)


Link:http://www.*4shared.com*/file/hmPDNqMh/James_BLunt_-_Back_To_BedLam_F.htm

sábado, 29 de janeiro de 2011

Discos da Minha Vida: Oasis - Definitely Maybe [1994]

O melhor disco do Oasis não é este, é, realmente não é. Mas, o Definitely Maybe fala além-mar pra mim, pois foi o primeiro que escutei. É o álbum de estréia de uma das maiores bandas que eu já ouvi, e isso é deveras importante, pelo menos pra mim. A guitarra blues de Noel e a voz rasgada de Liam estão em sua plena forma, afinal, eles eram ainda jovens magrelos, sem muito álcool e drogas, não ainda.

A formação do disco é a original, com os Gallaghers, Bonehead, Tony McCarroll e Paul McGuigan. McCarrol nem a turnê do disco terminou, era totalmente dispensável e passou a não se dar bem com Liam. O que não é descrédito para o baterista, se nem o irmão do próprio conseguia segurá-lo, quanto mais um desconhecido. O cômico da saída de Tony foi o seu enterro na versão britânica de Live Forever. Adiós, amigo.

Como não considerar um disco da minha vida, se a terceira faixa pertence a 'Live Forever', talvez umas das canções pop´s mais sensacionais da história, que deixaria qualquer John Lennon de queixo caído. Afinal, a criatura nesse momento, superou o criador. Nas palavras do próprio: " - As pessoas diziam para mim que depois de "Live Forever", onde você vai ir depois disso ? .. E eu era assim, eu não acho que seja bom. Eu acho que é uma música do caralho, mas eu acho que posso fazer muito melhor." Ele chegou muito perto, com Don´t Look Back in Anger, um cd após.

'Rock´n´roll Star' é uma declaração de afirmação acerca do status da banda, que naquele momento considerava gravar um disco tão grande quanto se tornar uma estrela do rock. Imagine o que ainda vinha por aí.

'Shakermaker' foi composta a partir de comerciais que Noel assistia na tv: "Mr. Clean and Mr. Soft are living in my loft." Personagens de uma empresa britânica de amaciantes. É uma canção entorpecida para ouvintes entorpercidos, mas com uma lucidez ao fundo, como em: 'I´m sorry, but I just don´t know, I know you said: I told you so'.

Up in the Sky e Columbia é minha sequência preferida, ambas pulsam de forma determinante e confiante, o que por muitos anos corroboraram minha personalidade. Se algumas vezes teimo em parecer arrogante, foi com essa banda, e com essas letras. De certa forma, mesmo sendo um merda, temos o direito de sermos 'os merdas': 'Hey yoy, up in the street, you wanna be me, but that couldn´t be.' Ouço quase um sorriso debochado depois desse verso.

Para não ser prolixo o suficiente, encerro com Supersonic, Cigarrettes and Alcohol and Slide Away. Nas duas primeiras, um rock´n´roll pulsante, na terceira uma melodiosa harmonia romântica. Supersonic é daquelas pra se ouvir quando se tem dúvidas de quem se é, ou dos rumos que se está tomando, além de ter uma pegada blues magnifíca. 'I need to be myself, I can´t be no one else.'

Um disco fuderoso, tal como a banda. Energético, positivo e musicalmente rock´n´roll do começo ao fim. Tudo começou assim, um prelúdio do que seria a carreira de uma das maiores bandas de rock da história. E as primeiras composições de um de seus maiores escritores também.

1- Rock´n´Roll Star
2- Shakermaker
3- Live Forever
4- Up in the Sky
5- Supersonic
6- Bring it on Down
7- Cigarrettes and Alcohol
8- Digsy´s Dinner
9- Slide Away
10- Married with Children

Link: http://www.*fileserve*.com/file/SBn4gt3

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Mula Manca e a Fabulosa Figura - Amor e Pastel [2007]

Como minha vida tá mais corrida que São Silvestre e minha internet mais bosta que o time do América, tá difícil eu aparecer por aqui diariamente. Puft, como se milhões fossem se matar por isso.

Pois bem, continuando essa bela jornada e tentando não ser longo o suficiente, apresento um dos meus cd´s favoritos, por não ser tão antigo, ainda não entra nos 'Discos da Minha Vida', mas, um dia chegará, com certeza. O 'Amor e Pastel' da Mula Manca e a Fabulosa Figura. O disco é o segundo da banda, que parou suas atividades devivo ao projeto paralelo da mesma turma, o 'Seu Chico'. Eu, pernambucano parcial e bairrista como sou, tenho orgulho em falar desses caras, que fazem (no caso, faziam) a melhor música de PE.

Se poderia defíni-los, uso o termo 'música com carinho'. Tibério Azul, Dom Angelo, Castor Luiz e Bruno Cupim apresentam um disco curto na duração, mas imenso na estética. Usam o belo samba do Seu Buarque, o choro, o brega, a bossa, em uma salada típica como a cultura pernambucana, com as letras de Tibério e Castor entoando as músicas centradas em um único tema: Amor. Porque convenhamos, não há nada mais ridículo que se estar apaixonado, um papelão que vez ou outra os humanos experimentam e cada vez mais se atolam em idiotices. Um tema banal, roteirizado em diversas obras e eventos, mas que não perde seu charme, nem sua beleza.

Você que ama, e você que comete seus pastelões, se 'aprochegue'.

1. Se Lavo Lavú
2. Blond Girl
3. Outro Par
4. Dinheiro
5. Loteria
6. Escravo

7. Fórmula 1
8. Aquela Rosa (Cecília)

9. Deita Aqui
10. Animal
11. Terra, Água e Sal
12. Paletó
13. Varanda
14. Pé no Chão
15. Arrepio


Link:
http://www.4shared.com/file/tu7-3pA7/Amor_E_Pastel.htm

domingo, 23 de janeiro de 2011

Móveis Coloniais de Acajú - Ao Vivo no Teatro do Ibirapuera (Áudio do DVD) [2010]

Talvez a banda que mais ouço ultimamente, é, por enquanto, a menina dos meus olhos. Móveis Colonais de Acajú apareceram pra mim há um bom tempo com o Idem em 2005. A banda nasceu em Brasília, em 1998. Letras bem construídas com uma pintada de humor sobre as mesmices do cotidiano aliada ao acompanhamento dos metais. Aliás, por isso só já cativou minha atenção, a volta dos metais, coisa que os Hermanos contribuíram muito.

No segundo cd, o Complete, percebe-se já um uso padronizado de canções amorosas, como 'Adeus' e ' O Tempo', sem perder a graça como em 'Lista de Casamento' e 'Cão-Guia'. Esse DVD gravado no Teatro do Ibirapuera contribui muito para se ter noção do que é o show dessa banda, até hoje só tive oportunidade ver um, mas, mesmo assim me ganhou. A energia é impressionante, contagia, o repertório sempre foi ativo, no entanto, como executá-lo é a chave do segredo.

Sinto falta de pequenos shows com pequenos públicos apaixonados, o começo de uma banda é sempre sua fase mais legal. Ainda consigo perceber isso em Móveis e em Volver. Trato as coisas que gosto de forma extremamente egoísta, embora goste de divulgá-las livremente. Divulgo mesmo com o receio de perder o mesmo gosto quando multidões conhecem e passam a pagar caro pelas apresentações, na verdade, me acho um instrumento da indústria, trabalhando gratuitamente. Bem.. isso é tema pra outra palestra.

Por enquanto, deixo por aqui o gosto de uma das melhores apresentações que presenciei ultimamente. A 'feijoada búlgara' dos Móveis Coloniais de Acajú.
1. Seria o rolex?
2. Descomplica
3. Swing hum & meio
4. Pra manter ou mudar
5. Cão guia
6. Mergulha e voa

7. O tempo
8. Menina-moça
9. Aluda-se-vende
10. Copacabana
11. Lista de casamento
12. Perca peso
13. Bem natural
14. Indiferença
15. Sem palavras
16. Sessarua
17. Adeus
Link: http://www.*4shared.com*/file/ysfKcM5z/Moveis_Coloniais_de_Acaju-_Ao_.html


quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Beck - Sea Change [2002]

Tava na hora de falar inglês por aqui. Começarei por Beck. Quem é Beck? Bem.. se você conversar com algum jornalista musical, ele vai-lhe responder que é um cantor americano que gosta de 'bossa nova'. Essa definição pode aparecer em 10 de 10 conhecedores. É aquela velho conceito de estrangeiro no Brasil, basta ele elogiar algum aspecto de nossa cultura, da mpb ao funk carioca, que ele é legal. Se ele critica, então ele não presta. Pelo menos Beck já começa com um bom pressuposto.

Filho de atriz e músico americano de raiz, cresceu envolto a música. Com uma grande influência do folk americano, aos 14 já tocava e compunha. Em Nova York, um pouco mais tarde, conhece o punk e o hip hop. Essa convivência com um multifaceado ambiente de sons o fez desenvolver o gosto pela mistura, e o desenvolvimento de vários instrumentos. Talvez por isso se sinta bem com a música brasileira, a sopa cultural que nós emitimos. É esse caldeirão que ele apresenta no seu disco mais conceitual, 'Odelay' de 1996, uma mistura louca de vários elementos pouco ouvida e apreciada por mim. Da primeira vez que ouvi, não gostei, aprecio as misturas, mas ainda aprecio um padrão, ainda acho meu ouvido por demais mercadológico.

Mas, não é de Odelay que eu trato, é de Sea Change. Nesse disco, lançado em 2002, o folk aparece com força total. Melodias intimistas e introspectivas aliadas a belos arranjos, um disco muito bem produzido. Para gravação, apareceu o Flaming Lips, os mesmos que rodaram os EUA tocando esse disco com ele. Como poderia isso dar errado? Uma mudança total de conceitos de um cara acostumado a variações, um disco uniforme baseado em temas banais, como amor, perda e despedida. Destaque para a clássica 'Golden Age' e 'Lost Cause'. Uma sensação de alívio, como se após a dor brotasse a esperança.

1. The Golden Age
2. Paper Tiger
3. Guess I´m Doing Fine
4. Lonesome Tears
5. Lost Cause
6. End Of The Day
7. It´s All In Your Mind
8. Round The Bend
9. Already Dead
10. Sunday Sun
11. Little One
12. Side Of The Road
13. Ship In The Bottle

Link: http://www.*4shared.com*/file/I9ConVYX/Beck_2002_-_Sea_Change.htm

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Otto - Certa Noite Acordei de Sonhos Intranquilos [2009]

Taí um cara que eu gosto mais de sua personalidade do que propriamente de sua música. Não que ele seja criador de um 'rebolation' qualquer, longe disso.

Nativo de Belo Jardim e alvirrubro, Otto é uma cabeça pensante com belas idéias, poeta ao seu modo, demonstrando muito de seu potencial nesse disco. Por que gosto dele? Porque simplesmente ele é como eu. Ele é um cara desengonçado, tímido, feio e desleixado. Ele toma suas canas de vez em quanto, e é rodeado pelas coisas normais da vida. Seu café da manhã não aparece na Caras, sua tarde não é cercada por paparazzi, sua ida a praia não é flagrada pela Globo.com. Se você de alguma forma se sente indentificado pelo que eu escrevi, fique a vontade, Otto não é uma celebridade.

E como um cara que não é uma celebridade pôde se casar com uma global como Alessandra Negrini? Outros diriam. Bem, não sei. Acho que nem ele sabe, e talvez não tenha explicação. Talvez ele foi apenas ele mesmo, e quando mitos caem na frente dos meus olhos sem explicação, eu me sinto bem. Por isso torci pelo Mazembe no Mundial Interclubes e torço pela Hispania na F1. Ver alguém dentro de um espaço não sendo a forma do rótulo é prazeroso.

Minhas torcidas a parte, esse é um belo disco. É um disco de quem perdeu um ente querido, teve o contrato com sua gravadora rompido e levou um pé na bunda, é. Mas, também denota toda uma força lírica de um bom poeta. Porque da dor também nascem belas obras, a Trama que o diga. A musicalidade de Otto se faz presente nas minhas faixas preferidas, como 'Crua' e 'Seis Minutos'. A força de uma despedida traz um disco suave e raivoso, como um sonho intranquilo.

Porque há sempre um lado que pesa, e outro lado que flutua.

1 Crua – (Otto)

2 O Leite – (Otto)

3 Janaina – (Otto)

4 Meu Mundo – (Otto)

5 6 Minutos – (Otto)

6 Lagrimas Negras – (Jorge Mautner & Nelson Jacobina)

7 Saudade – (Otto & Julieta Venegas)

8 Naquela Mesa – (Sérgio Bittencourt)

9 Filha – (Otto)

10 Agora Sim – (Otto)


Link: http://www.*4shared*.com/file/Waa5ce59/OTTO_CERTA_MANH_ACORDEI_DE_SON.htm

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Discos da Minha Vida: Engenheiros do Hawaii - Ouça o Que Eu Digo Não Ouça Ninguém [1988]

Talvez, uma das coisas mais impactantes que já ouvi. 1988, Humberto Gessinger, Augusto Licks e Carlos Maltz lançam essa bomba. Eu, ainda nem era nascido, no máximo já concebido, vai saber..

'Ouça o que eu digo! Não Ouça Ninguém!' tanto musicalmente quanto em suas letras é imperativo, forte, chuta o balde, escancara conceitos. Se eu pudesse atrelar esse disco a alguma fase que qualquer pessoa passaria, ele é perfeito para uma fase explosiva adolescente (mesmo que eu continue a escutá-lo até hoje). Traz o vigor que a idade demonstra com a consciência da passagem e do mundo a sua volta: 'o que nos devem, queremos em dobro, queremos agora'.

Nada é muito bonito, muito concreto e pouco sentimento existe ao nosso redor, mas, de alguma forma é preciso levantar a cabeça e seguir em frente, jogando e brincando com os elementos. Versos parecem conselhos: 'é preciso ter coragem, é preciso estar sozinho, é preciso trair tudo e trazer a solidão. eu sei que eles tem razão, mas, a razão é só o que eles tem.'

A filosofia ou qualquer coisa que Gessinger quis trazer nesse disco marcaram vários traços distintos da minha personalidade. A consciência da individualidade, uma fé cega e um imediatismo concreto a várias questões da vida me acompanham graças a essa obra: 'sei que parecem idiotas, as rotas que eu faço, mas eu tento traçá-las eu mesmo'.

Crescemos com uma inocência e uma pureza irritante, ao chegar perto da vida adulta e com a responsabilidade batendo em sua porta junto com uma invasão de sentimentos, prazeres e sentidos: 'um dia me disseram, que as nuvens não eram de algodão.'

Também fica explícito a vontade de quebrar conceitos e bordões. Afinal, nada nesse mundo tem o mínimo de sentido, as verdades indubitáveis são apenas elementos convencionados, a desconfiança e a necessidade de outro ponto de vista aparecem em: 'desde quando errar é humano? desde quando humano é normal? desde quando errando é que se aprende?
Se eu sou tão ansioso e insuportável como hoje, agradeço muito a ele.

Se fosse destacar um verso do disco, destaco esse: 'na hora H, no dia D, na hora de pagar pra ver, ninguém diz o que disse: 'não era bem assim..' Como não notar esse traço na personalidade humana? Na hora da onça beber água, como diria vovô, quantos permanecem? Quantos aceitam a briga e compram suas ações e palavras? Talvez esse foi o maior ensinamento. A verdade a ver navios, onde já se viu?

Se por acaso hoje sou sonhador, tenho consciência da necessidade de um pouco de personalidade e individualidade e tenho idéia das grandes merdas que existem em nós e ao nosso redor, devo eternamente a essa obra dos Engenheiros do Hawaii, em sua melhor formação, um disco da minha vida, sem dúvida.

  1. "Ouça O Que Eu Digo: Não Ouça Ninguém"
  2. "Cidade Em Chamas"
  3. "Somos Quem Podemos Ser
  4. "Sob O Tapete" (Humberto Gessinger; Augusto Licks)
  5. "Desde Quando?"
  6. "Nunca Se Sabe"
  7. "A Verdade A Ver Navios"
  8. "Tribos E Tribunais" (Humberto Gessinger; Augusto Licks)
  9. "Pra Entender"
  10. "Quem Diria?"
  11. "Variações Sobre Um Mesmo Tema" (Humberto Gessinger; Augusto Licks)
Link: http://www.*4shared.com*/file/M6ktsvgq/Engenheiros_do_Hawaii_-_Oua_O_.htm

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Tiê - Sweet Jardim [2009]

Tiê Gasparinetti Biral. 30 anos. Cantora, compositora e instrumentista.

Na verdade, ela é uma gata de voz doce e nome de passarinho, que com um piano e um violão simples consegue produzir belas músicas. Seja em português, inglês ou francês a harmonia das canções dessa paulistana me cativaram bastante. Aquela velha mania que eu tenho de achar que tudo que é simples pode ser realmente belo. Me torna alguém preguiçoso e sumário, mas também me faz descobrir coisas boas como esse disco, álbum de estréia de Tiê.

Por essas e outras sou grato a internet, em um ambiente de 15 anos atrás pra mim seria impossível ter contato com esse tipo de material, tão novo e ainda desconhecido do mercado. Se a grande sacada seria a veiculação rápida do conhecimento, pelo menos nesse objetivo, acertaram em cheio. 'Sweet Jardim' não foi chamado assim por acaso, são músicas que combinam com muita paz e verde.

Com um tom intimista, amoroso e pessoal, ela devaneia sobre relacionamento, encontros, desencontros, e até brinca com o seu nome: 'e eu que tinha um nome diferente, já quis ser Maria'. Ainda espero a oportunidade de vê-la ao vivo, se essa consistência ao usar a essência em detrimento das frescuras soa bem em um show. Enquanto isso, espero pelo próximo disco.

01 - Assinado Eu
02 - Dois
03 - Andar
04 - Passarinho
05 - Aula de Francês
06 - Chá Verde
07 - Te Valorizo
08 - Stranger But Mine
09 - A Bailarina e O Astronauta
10 - Sweet Jardim

Link: http://www.*4shared.com*/file/A3wQOxf4/Ti_-_Sweet_Jardim_2009_-_wwwdo.htm

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Marcelo Camelo - MTV Ao Vivo [2010]

Para alguns mais antigos (eu?.. acho que já sou velho suficiente pra me considerar um antigo), Camelo é aquele cara descabelado e desengonçado que andava pela PUC-RJ com os versos de 'Azedume' anotados numa folha e queria transformar aquele quase-samba em uma música de hardcore. Aquele mesmo cara, que conheceu Rodrigo Barba, Bruno Medina e Rodrigo Amarante, e formou a maior banda da minha geração. Aquele mesmo. Para os mais novos, ele é um coroa descabelado e desengonçado que de forma inexplicável namora uma quase-estrela teen adolescente. Para os mais radicais, um pedófilo, para outros, um estranho. Para todos esses, ele é Marcelo Camelo, um dos líderes de uma das bandas mais chatas e com fãs mais chatos do Brasil: Los Hermanos.
Talvez, ele seja um pouco de cada um, afinal, todas as opiniões sobre nós são válidas, e tudo que a gente já foi, de alguma forma, continuamos sendo para sempre. Para mim, mesmo não sendo meu Hermano preferido (Amarante é foda), Camelo é um dos maiores compositores desse país. JustificarExcelente instrumentista ao violão e guitarra, devolveu o gosto pelo rock com letras refinadas, métricas, que quer queira ou quer não continuam na minha cabeça diariamente. Alguém que na década passada escreveu: 'tire esse azedume do meu peito/e com respeito trate a minha dor' e quis colocá-la em um ritmo de poucos acordes, um hardcore de primeira, é para mim, ao menos, original.
É esse cara que aparece no disco 'Sou' e agora nesse 'MTV Ao Vivo' que praticamente reproduz a turnê do disco que lotou lugares por onde passou, em levadas instrumentais como 'Téo e a Gaivota' e ótimas letras como 'Doce Solidão', é um projeto solo digno de alguém tão bom aliado a versões acústicas de algumas músicas da banda. Marcelo Camelo, ou o barbudo estranho dos idiotas do Los Hermanos.
  1. Passeando
  2. Téo e a Gaivota
  3. Tudo Passa
  4. Mais Tarde
  5. Menina Bordada
  6. Doce Solidão
  7. Janta
  8. Liberdade
  9. Saudade
  10. Pois é
  11. Morena
  12. Vida Doce
  13. Despedida
  14. Santa Chuva
  15. A Outra
  16. Copacabana
  17. Além do que se vê
  18. Língua Vulcão
Link: http://www.*4shared*.com/file/DCLs0iEg/2010_-_MTV_Ao_Vivo_Marcelo_Cam.htm

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Arnaldo Antunes - Ao Vivo Lá em Casa (Aúdio do DVD) [2010]

Como um cara desse poderia se limitar aos Titãs? Com todo respeito aos que gostam de Paulo Miklos e Cia., mas há muito tempo a banda não traz novos ares ao seu som, o último cd que considero de qualidade é o 'A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana', de 2002. Após a morte de Fromer e a saída de Nando Reis os Titãs assumiram um formato industrial que já vinha se consolidando na última década. Ao assinarem com Rick Bonadio (o empresário da turma emo) selaram seu destino, pelo menos para mim, pelo menos por enquanto. Os Cabeças, não eram mais tão Dinossauros assim.

Felizmente, esse sujeito não se limitou a um parâmetro industrial, e felizmente, ele saiu do Titãs em 1991 para tentar uma carreira solo. Louca, criativa e única, como ele. Arnaldo Antunes sempre me pareceu distante, até o disco 'Ao Vivo no Estúdio' de 2007, lá conheci o refinamento de suas letras, sempre acompanhadas de uma musicalidade simples e fácil. Um puro letrista, que dedilha com dificuldade poucos acordes em um violão, mas canaliza a criação em cima de temáticas a respeito de mim, de você, do seu chefe, do seu colega de trabalho do seu vizinho, do amor da sua vida, etc., não é a toa que ingressou em Letras na USP. Como Zeca Baleiro, é um poeta do cotidiano.
Se ele é original como falo, só esse maluco teria essa idéia: montar um palco na laje de casa. Ao fazer isso, convidou Edgard Scandurra (eterno Ultraje e Ira!) e Marcelo Jeneci (tecladista de elite do Cidadão Instigado) para compartilhar com ele o espaço do varal de sua casa. Com convidados como Erasmo Carlos e BenJor, Arnaldo manda ver o fenomenal disco 'Iê-Iê-Iê' (que também aparecerá por aqui) e convida você a ver um show 'Ao Vivo Lá em Casa'.

1. Já Fui Uma Brasa
2. Iê Iê Iê
3. Vem Cá
4. Essa Mulher
5. Americana
6. A Casa é Sua
7. Invejoso (com Fernando Catatau)
8. Consumado
8. Um Quilo
10. Longe
11. Envelhecer
12. Pra Quietar
13. As Árvores (com Jorge Benjor)
14. Cabelo (com Jorge Benjor)
15. Meu Coração
16. Sua Menina
17. Sou Uma Criança e Não Entendo Nada (com Erasmo Carlos)
18. Jogo Sujo (com Erasmo Carlos)
19. Quando Você Decidir
20. Sim ou não
21. Vou Festejar
22. O Que Você Quiser
23. Cachimbo
24. Já Fui Uma Brasa


Link: http://www*filesonic.com*/file/49470767/ARNANTVVLEC10.zip

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Cidadão Instigado - Uhuuu! [2009]

Pra mim o melhor disco dos últimos anos. Não conhecia muito bem a Cidadão Instigado, na verdade, poucas músicas do segundo álbum Método Tufo de Experiências, lançado em 2005. Mas, esse me supreendeu completamente. Uhuuu! traz vários elementos que me chamam atenção, como a pegada do rock nordestino, o psicodelismo (o Cabeção) e a aliança ao brega romântico (Como as Luzes). A participação com Arnaldo Antunes (já que o -Iê-Iê foi produzido por Fernando Catatau) e Edgard Scandurra, trouxeram o selo de qualidade que o disco precisava, fazendo com que caísse na graça da crítica especializada, elogiando sempre a guitarra distorcida presente em todas as faixas.

Nascida em Fortaleza em 1994, formada por Fernando Catatau, Régis Damasceno, Rian Batista e Marcelo Jeneci. A Cidadão Instigado sempre foi liderada por Catatau, sempre no underground. Me recordo que assisti um show deles trazendo as canções desse disco. Não sei se pelo som, pela distância que me encontrava, ou pelo completo desconhecimento sobre aqueles barbudos no palco, entedi pifiamente o som que eles emitiam. Ao ouvir o Uhuuu! que me dei conta: 'Puta que pariu, essa isso?!'

Esse realmente vale a pena, arrogante do jeito que sou, posso dizer que vai começar a estar presente na lista das melhores produções da música nacional.
  1. O Nada
  2. Contando Estrelas
  3. Doido
  4. Dói
  5. Escolher Pra Quê
  6. Como As Luzes
  7. Ovelhinhas
  8. A Radiação da Terra
  9. Deus É Uma Viagem
  10. Homem Velho
  11. O Cabeção
Link: http://www.*4shared*.com/file/LBXErVHY/Cidado_Instigado_-_Uhuu__2009_.htm

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Ortinho - Herói Trancado [2010]

Minha relação com a música de Ortinho me remete a qualquer relação amorosa que poderia dar certo, mas, sempre foi atrapalhada por própria relutância minha ou pela presença do acaso. Músico de Caruaru, me apareceu há uns anos atrás quando peguei o cd Ilha do Destino, lançado em 2002. Disco esse, que até hoje pouco ouvi.

Anos se passaram, e em 2010, Zeca Baleiro apareceu no Projeto Seis e Meia, do Teatro do Parque em Recife. Abrindo para ele estava Ortinho. Me dei mal, cheguei atrasado, quase não vi o show de Zeca, quanto mais o de Ortinho. Ainda assim, perguntei sobre o show do rapaz de Caruaru, e não ouvi algo muito bom, 'quase dormi', foi a resposta.

Poucos meses depois, na própria Caruaru, Ortinho se apresenta no 'Circuito do Frio' da cidade, tocando na sexta-feira do fim de semana. Também não fui, esperava o sábado com Zeca Baleiro e Almério.

Até que um dia, em plena aula desinteressada na faculdade, me liga um grande amigo meu informando: 'Show de Ortinho daqui a pouco, vai?' Eu me rendi ao destino e disse: 'Vamo'. Chegando no Teatro do SESC da terra natal de Ortinho, pouca gente se via, digamos que dessa vez fui um dos primeiros a chegar.

Rodeado de um pequeno público e a presença de sua própria família, ele realizou um show intimista com uma banda de apoio, trazendo versões acústicas de músicas como: 'Pense Duas Vezes Antes de Me Esquecer' e 'Herói Trancado', assim como algumas da parceria com Arnaldo Antunes no fuderoso disco 'Iê-Iê-Iê', como "Meu Coração' e 'Envelhecer'.

No final de 2010, chega as lojas, seu terceiro cd, 'Herói Trancado'. Remetendo a baladas da Jovem Guarda dignas da parceria Erasmo/Roberto, Ortinho inova sua música e traz um disco que já começa a entrar entre os meus melhores na prateleira, com versos como: 'estou trancado do lado de fora/deixando você livre para eu ir embora/ agora vou aproveitar a minha vida/ preso pelo mundo afora'.

Com Herói Trancado, a música de Ortinho finalmente me conquistou, ainda bem que ela foi persistente.

01 - O Cara do Outro Lado
02 - Saudades do Mundo
03 - Modelo Vivo
04 - Moldura
05 - Herói Trancado
06 - Retrovisores
07 - Pense Duas Vezes Antes de Esquecer
08 - Você Não Sabe da Missa Um Terço
09 - Sonhar de Novo
10 - Café Com Leite de Rosas
11 - Já Fui Rei

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Seu Zé - Festival do Desconcerto [2005]

Nem bem 2011 começou e eu tive a felicidade de encontrar uma banda que começa a ganhar meu respeito, os potiguares do SeuZé. Formada por Lipe Tavares (vocal/baixo), Fell Cavalcanti (vocal/guitarra), Augusto Souza (guitarra) e Telo Pachêco (bateria), eles surgiram em Natal em meados dos anos 2000 realizando um rock´n´roll que bem que podia ser pernambucano.

Me chamou a atenção o fato deles se utilizarem do baião e do xote aliados ao rock´n´roll, coisa já batida quando se fala em rock nordestino, mas, adicionarem um elemento a mais, uma guitarra blues. O resultado é uma mistura que exerce um psicodelismo único, por vezes amoroso, por vezes jacoso, em cima de letras provenientes da cultura do lado de cá.

Festival do Desconcerto é o primeiro disco da banda, lançado em 2005, pela Mudernage Records, desconhecido, só foi parar na minha mão 6 anos depois, ainda bem que tanta espera valeu a pena. Ano passado veio o segundo cd, A Comédia Humana, o qual eu já estou procurando pra tecer algum comentário inútil.

SeuZé é a menininha dos olhos do rock do Rio Grande do Norte, única, merece entrar na minha galeria.

01 - O Anti-Herói
02 - O Coroné
03 - Retrato de um Traidor quando Jovem
04 - Plantando no Céu e Colhendo no Inferno
05 - Antônio Conselheiro
06 - Artemis
07 - Saudades do Sertão
08 - Sai Galada
09 - Soldado de Deus, Mercenário do Diabo
10 - A Viagem
11 - Fim da Linha
12 - Não Cuspa no Prato que já Comeu

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