terça-feira, 24 de maio de 2011

Especial Nação Zumbi - Parte 3: Nação Zumbi - Nação Zumbi [2002]

Antes tarde do que nunca, fecho esse especial de 3 partes sobre a Nação Zumbi. O final não é cheio de nenhuma revelação, descobrimento do assassino ou morte do mocinho, é apenas um relato de como um grupo superou a perda do seu maior integrante.

Acredito, talvez inocentemente, não amparado por nenhum credo ou religião, que a morte seja um subsídio a transformação. Seja ela do corpo ou da alma. Tanto para quem morre, quanto para quem continua vivendo.

A relação mais conflituosa que o ser humano pode contemplar durante a vida, se diz respeito ao seu próprio fim, e o fim daqueles que ele mais ama. Mais do que perder um integrante, com o acidente a Nação perdeu um amigo. E isso pode ser o fim, para várias bandas. Em uma situação como essa, um grupo tem poucas opções, ou continua, remendando a perda, por mais irreparável que seja, ou acabando. Para a sorte minha e de algumas dezenas de manguebeatianos, a Nação resolveu continuar.

Para os vocais, foi promovido Jorge Du Peixe que usualmente tocava alfaia, e a banda, com uma nova formação, derivou o seu som. Em 2002, o disco ‘Nação Zumbi’ surge e revitaliza o som da maior banda do rock pernambucano, nele estão presentes as duas músicas mais queridas por mim após a fase Science: ‘Blunt of Judah’, revelando a voz distorcida de Du Peixe e ‘Meu Maracatu Pesa uma Tonelada’, a união mais fortificada entre os riffs de guitarra de Lúcio Maia e a pegada do maracatu, um ícone e referencial, sem dúvida.

O disco mantém a necessidade de letras com cunho social, político e cultural, de uma forma forte e consolidada, com a presença cada vez maior do eletrônico, que despontaria de forma ainda mais essencial no seu último disco, ‘Bossa Nostra.’

Assim, continuou o seu caminho um ícone do rock dos anos 90, e sua importância atingiu o nível internacional, cabendo até apresentação no ‘Later With Jool´s Holand’, uma espécie de Sabadão Sertanejo da BBC, só que com os maiores nomes da música mundial, onde gente como Oasis e James Blunt são figurinhas carimbadas, um orgulho, para a Nova Roma de Bravos Guerreiros. Mais importante do que com a continuação das atividades, foi o legado que essa gigante do rock nacional deixará, sempre sendo lembrada com uns dos pilares da nova música pernambucana.

  1. "Blunt Of Judah"
  2. "Mormaço"
  3. "Propaganda"
  4. "Amnesia Express"
  5. "Meu Maracatu pesa Uma Tonelada"
  6. "Faz Tempo"
  7. "Prato de Flores"
  8. "Know Now"
  9. "Ogan Di Belê"
  10. "Caldo de Cana"
  11. "O Fogo Anda Comigo"
  12. "Tempo Amarelo"

Link: http://www.*4shared.com*/file/VTs2slEX/Nao_Zumbi_-_2002_-_Nao_Zumbi.htm

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