Os dedos são pequenos e o cantarolar engraçado, mas pouco a pouco o garotinho carioca de nove anos de idade começa a se desenvolver dentro do universo da música e cria em si a paixão que permearia sua vida. Seu nome é Rubel Brisolla.
O pirralho cresce e se torna um músico amador com uma imensa admiração pela MPB setentista, especialmente pelo Tropicalismo. Intrínseco nas artes, Rubel presta vestibular para cinema e consegue intercâmbio de um ano para os EUA, no Texas, precisamente, em 2011.
Ao contrário da visão estigmatizada que temos, o Texas não é apenas um velho faroeste do novo milênio, com imensas indústrias bélicas e frango frito em cada esquina.
Lá também há jovens com imensa disposição criativa, loucos para tocar e criar, reviver seus ídolos do passado, do folk ao rock. Esse é o ambiente que Rubel encontra em Austin, uma grande surpresa para quem esperava uma sociedade inteiramente conservadora e repressora de dotes artísticos.
Em uma das andanças por Austin, Rubel encontra uma casa grande lotada de universitários de várias origens com uma só paixão: a música. Seu nome é Pearl. Em pleno coração da América, o presente jamais imaginado. Uma comuna hippie.
O contato foi imediato, e junto de um baterista húngaro e um baixista chileno, a banda informal foi formada naqueles corredores, com covers de Caetano e Mutantes. Desse encontro nasceram sete músicas que foram gravadas na última semana do intercâmbio em Austin, em um estúdio improvisado.
O coletivo gerou um disco de imensa delicadeza, com arranjos sutis no violão, banjo e acordeon, onde o folk americano flerta com a MPB setentista. Despretensioso, rapidamente atingiu grande público no Brasil o que gerou (pasmem) uma turnê pelo País, incluindo o Nordeste.
O disco é encontrado gratuitamente e livremente no site do Rubel: http://www.rubelpearl.com.br/
1 - O Velho e o Mar
2 - Mascarados
3 - Pearl
4 - Quando Bate Aquela Saudade
5 - Ben
6 - Nuvem
7 - Quadro Verde