Em meados dos meus 16 anos, em uma galáxia já bem distante, eu estava meio desiludido com a música popular tupiniquim. Em meio a uma entresafra indigesta, fui procurar novos ventos movido por torrents, blogs, ares e google. Esses santos da navegação me deram um mar propício ao descobrimento de coisas boas, terras ainda não muito exploradas, conhecidas por estarem povoadas por indígenas com novos sons, culturas e línguas. O chamado universo indie.
Foi nessa navegação que conheci o primeiro disco desses ingleses do The Kooks, 'Inside In, Inside Out', o nome engraçado da banda vem de uma música do Bowie, fato que só fui descobrir quando não tinha nada pra fazer muito tempo depois. A turma é de Brighton, ao sul da Inglaterra, conhecida pela frequência de turistas. Liderados por Luke Pritchard, o melhor sotaque do rock britânico, com a companhia de Max Raffterly, Hugh Harris e Paul Garred, formam um grupo de futuro.
Pois bem, esses ingleses trouxeram uma das músicas mais legais pra se tocar no meu violão durante muito tempo, 'Seaside'. Mas, não é por isso que ganhei afinidade, o britpop ainda rondava a Inglaterra, e não se fazia nada muito diferente de Oasis e Verve no fim da década de 90 e início dos anos 2000.
Então, esses garotos empunharam as guitarras e resolveram fazer um rock não tão melodioso quanto Chris Martin queria impor, não se tratava de beber leite e ir dormir, e sim de tomar um porre e requebrar o esqueleto. Assim apareceram na minha vida Arctic Monkeys, Fratellis e Kooks.
Enfim, chega de história e carimba Godoy, que o som é legal!
- "Seaside"
- "See the World"
- "Sofa Song"
- "Eddie's Gun"
- "Ooh La"
- "You Don't Love Me"
- "She Moves in Her Own Way"
- "Matchbox"
- "Naïve"
- "I Want You"
- "If Only"
- "Jackie Big Tits"
- "Time Awaits"
- "Got No Love"
- "Do You Love Me Still?''
*Tô com um texto sobre a Betânia já engatilhado, porque como diria Raul: eu também vou reclamar.
** Pra quem quiser tocar Seaside, é: D#m F# B C#
D#m F# B C# G#
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