Gosto muito de discos de estréia, são diferenciados pra mim, porque sua produção é geralmente totalmente diferente dos discos seguintes, e isso aumenta ainda mais, quando se tem uma banda clássica, ou de carreira extensa.
O The Who é sim, um clássico. Quando se é jovem, imagino eu, que dentro de um grau de normalidade, abre-se uma esteira de oportunidades à sua frente, e você, cara criança, não sabe muito bem o que porra deve fazer. Por isso defendo, que todo ser humano tem que passar por certos estágios de aprendizado e formação de personalidade, antes de ser capaz de tomar suas próprias decisões. Ser assim, um estagiário da vida. Aqueles que pulam etapas, seja na carreira profissional ou na pessoal, acaba frustrado e incapaz de compreender as minúncias desse universo maluco.
Essa coisa de com 19 anos já ser pai, ter responsabilidades de adulto e ser referência pra um monte de outras crianças é estúpida e perigosa, deveria ser uma exceção, e não se tornar uma regra, como grande parte público impõe ao ver alguém como Neymar. Como os discos de estréia geralmente acontecem nessa faixa etária entre seus integrantes, é legal ver as nuâncias que podem tomar, e as possibilidades que criam.
E foi assim, com My Generation. Antes mesmo de se tornar The Who, a banda trabalhou ainda três nomes: The Confederates, High Numbers e The Detours. Peter Thowsend, Roger Dawltrey, Keith Moon e John Entwistle, como grande parte dos jovens de Londres naquela época, queriam ser um mod. Mods eram uma caracterização própria da juventude londrina, surgido em meados da década de 60, eram garotos vindo de famílias de classe média, com uma boa base intelectual, que queriam se ligar nas tendências da moda da época, vestir ternos justos e se entorpecer com anfetamina. Em tese, eram um puta de uns esnobes pretenciosos. Para outros, uma subcultura.
Como eram jovens, e pouco sabiam o que queriam, dispensaram empresários, integrantes e trocavam de gravadora a torta e à direita, tentando até encaixar um single na cena mod da época, ‘I´m The Face’, composto por Pete Meaden, que deu errado.
A coisa só começou a mudar de figura, quando arranjaram o mesmo produtor do Kinks, Shel Taimy, que conseguiu domar e criar um rosto pra o som da banda. Eles soariam como Kinks, e lançariam seu primeiro álbum, que cá entre nós, de ótima qualidade.
Antes de se tornarem mais pretensiosos ainda, inaugurando a primeira ópera rock da história, em Quadrophenia, o The Who era cru e suscinto, seja nos riffs de ‘I Can´t Explain’, na bela ‘My Generation’ (A versão do Oasis é muito boa) e ‘The Kids Are Alright’, ressaltando bem o que acontecia com aquela geração. Porque arriscar, cometer erros, ser impetuoso e por muitas vezes irresponsável faz parte da construção de uma vida e de uma carreira, prodígios são exceções, que não deveriam ser levados ao status de referência, nem pra mim, nem pra ninguém.
Aqui estão eles, pela primeira vez, e não última.
O The Who é sim, um clássico. Quando se é jovem, imagino eu, que dentro de um grau de normalidade, abre-se uma esteira de oportunidades à sua frente, e você, cara criança, não sabe muito bem o que porra deve fazer. Por isso defendo, que todo ser humano tem que passar por certos estágios de aprendizado e formação de personalidade, antes de ser capaz de tomar suas próprias decisões. Ser assim, um estagiário da vida. Aqueles que pulam etapas, seja na carreira profissional ou na pessoal, acaba frustrado e incapaz de compreender as minúncias desse universo maluco.
Essa coisa de com 19 anos já ser pai, ter responsabilidades de adulto e ser referência pra um monte de outras crianças é estúpida e perigosa, deveria ser uma exceção, e não se tornar uma regra, como grande parte público impõe ao ver alguém como Neymar. Como os discos de estréia geralmente acontecem nessa faixa etária entre seus integrantes, é legal ver as nuâncias que podem tomar, e as possibilidades que criam.
E foi assim, com My Generation. Antes mesmo de se tornar The Who, a banda trabalhou ainda três nomes: The Confederates, High Numbers e The Detours. Peter Thowsend, Roger Dawltrey, Keith Moon e John Entwistle, como grande parte dos jovens de Londres naquela época, queriam ser um mod. Mods eram uma caracterização própria da juventude londrina, surgido em meados da década de 60, eram garotos vindo de famílias de classe média, com uma boa base intelectual, que queriam se ligar nas tendências da moda da época, vestir ternos justos e se entorpecer com anfetamina. Em tese, eram um puta de uns esnobes pretenciosos. Para outros, uma subcultura.
Como eram jovens, e pouco sabiam o que queriam, dispensaram empresários, integrantes e trocavam de gravadora a torta e à direita, tentando até encaixar um single na cena mod da época, ‘I´m The Face’, composto por Pete Meaden, que deu errado.
A coisa só começou a mudar de figura, quando arranjaram o mesmo produtor do Kinks, Shel Taimy, que conseguiu domar e criar um rosto pra o som da banda. Eles soariam como Kinks, e lançariam seu primeiro álbum, que cá entre nós, de ótima qualidade.
Antes de se tornarem mais pretensiosos ainda, inaugurando a primeira ópera rock da história, em Quadrophenia, o The Who era cru e suscinto, seja nos riffs de ‘I Can´t Explain’, na bela ‘My Generation’ (A versão do Oasis é muito boa) e ‘The Kids Are Alright’, ressaltando bem o que acontecia com aquela geração. Porque arriscar, cometer erros, ser impetuoso e por muitas vezes irresponsável faz parte da construção de uma vida e de uma carreira, prodígios são exceções, que não deveriam ser levados ao status de referência, nem pra mim, nem pra ninguém.
Aqui estão eles, pela primeira vez, e não última.
01- Out In The Street
02- I Don´t Mind
03- The Good´s Gone
04- La-La-La-Lies
05- Much Too Much
06- My Generation
07- The Kids Are Alright
09- It´s Not True
10- I´m a Man
11- A Legal Matter
12- The Ox
Link: http://*www.4shared.com*/file/TMmSJ2YN/1965_-_The_Who_Sings_My_Genera.htm
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